LARANJA MECÂNICA, de stanley kubrick
LARANJA MECÂNICA [1971], de Stanley Kubrick.
O REI DA VELA
O REI DA VELA (1982), de José Celso Martinez Corrêa & Noilton Nunes. Baseado na peça teatral “O rei da vela”, de Oswald de Andrade, pelo Teatro Oficina, com direção de José Celso Martinez Corrêa, em 1967.
CINEMA DE INVENÇÃO
[cOLAgeNs: Luiz Rosemberg Filho]
Nosso cinema, um monólogo no vazio
Fazer um cinema pensado em profundidade necessita de algum conhecimento do humano e da história, a partir do qual se pode alcançar ou elaborar hipóteses e contradições infinitas. Ao mesmo tempo, dar sentido a um plano ou a um bom ator implica projetar ideias nem sempre muito claras. Isso porque o cinema, antes de ser um negócio duvidoso, é e sempre foi uma rica experiência poética através da qual se pode chegar a uma superação tanto da “realidade” fantasiosa e ideológica da TV, como uma sólida crítica aos discursos e imagens de políticos que nada dizem. E que são muitos!
Claro que se dá mais relevância não ao saber, mas a um contexto de “zona” da história. A mesma que se coloca sempre à direita, a serviço do poder, da ideologia dominante e do capital. Ora, uma simples ilustração da vida como ela é, em filmes como Cidade de Deus, Os Dois Filhos de Francisco, Se Eu Fosse Você 2… não representa grande coisa para um cinema mais instigante e moderno. Adorno, com muita propriedade, afirmava: “A arte de fato é o mundo outra vez, tão igual a ele, quanto dele desigual.” A nós interessa bem mais a incompletude da desigualdade.
Ora, é preciso ressignificar o cinema de potência criativa. Reconstruí-lo não só como um passa-tempo mais inventivo mas, fundamentalmente, como pulsão de vida. Desconectá-lo dos múltiplos desvios do capital, para se tornar uma rica e contraditória expressão do desejo e do prazer. De que nos adianta gastar ou mesmo ganhar milhões para não se fazer um público mais sensível e inteligente? Isso de só ser reflexo da barbárie espetacularizada e do capital é função da TV. O cinema só como preenchimento do vazio existencial e político deixa o espectador à mercê da barbárie, tornando-se um nada ao quadrado, totalmente regulado pelo poder. O poder de nada ser como deformação teórica adequada ao sistema. (Continua em VIA POLÍTICA)
[Por Luiz Rosemberg Filho & Sindoval Aguiar]
Através das frequentes dicas do Poema Processo eu passei a me interessar pelo trabalho de Luiz Rosemberg Filho. Vale a pena conferir!
A HISTORIA DA ETERNIDADE
Clique na imagem para ver o curta A HISTORIA DA ETERNIDADE, de Camilo Cavalcante (2003).
[Foto: Rodrigo Lobo]
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